Festa do Folclore no Museu Théo Brandão

Publicado em 03 Set 18


Jacqueline Batista - jornalista

 

Público alagoano prestigiou o evento comemorativo

 

O mês do Folclore foi marcado por momentos especiais no Museu Théo Brandão (MTB). Com uma programação iniciada em 22 de agosto, Dia do Folclore, o público teve a oportunidade de ver apresentações de folguedos, forró, coco de roda, participar de oficinas e conferir uma nova exposição.

 

O evento foi aberto com os grupos Pastoril Recordar é Viver, Guerreiro São Pedro Alagoano e Coco de Roda Barreiros de Alagoas. No mesmo dia, houve uma oficina de coco de roda, com o bailarino e intérprete José Marcos e o show da banda Gil Neves e Forró Aceso.

 

O momento também contou com a abertura da exposição “Transart – Acervo folclórico em cena”. A mostra exibe parte do acervo histórico de adereços e figurinos usados nos espetáculos apresentados ao longo de 42 anos do Balé Folclórico de Alagoas – Transart, coordenado pelo professor da Ufal, Rogers Aires.

 

A ocasião marcou a abertura do programa “Folguedos e folia folclorista Ranilson França”. “A escolha do nome de Ranilson foi pela importância no folclore alagoano. Ele estudou os folguedos desde os 18 anos. Foi meu professor e da metade dos professores de Arte em Alagoas. Ranilson promoveu a visibilidade dos mestres e mestras dos folguedos”, destacou José Acioli, diretor do MTB.

 

Parte da família de Ranilson também esteve presente no evento e falou sobre a homenagem realizada pelo Museu. “Estou muito feliz em estar aqui hoje, lisonjeada com o convite. Obrigada por estarem sempre lembrando o nome de Ranilson” disse Anair França, filha do folclorista.

 

Felipe Tiago França, filho de Ranilson, mencionou a valorização da cultura popular local. “Agradecemos ao Museu por dar continuidade ao trabalho com o folclore alagoano. Ficamos muito alegres e satisfeitos com a iniciativa da homenagem”, ressaltou.

 

A pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque, destacou a importância do momento festivo para a Ufal. “Nós que fazemos a gestão da Universidade estamos muito felizes em ver o Museu reaberto. Para nós é fantástico comemorar o Dia do Folclore no Museu Théo Brandão”, afirmou.

 

Literatura de cordel

 

As comemorações seguiram no dia 28, com uma oficina de cordel, facilitada pelo professor e cordelista Cristiano Kriko. De acordo Cristiano, entre outros objetivos, a oficina buscou compartilhar as várias formas de escrever o cordel, a partir do conhecimento prévio dos participantes.

 

O público do evento foi bastante variado, desde alunos da rede pública estadual de ensino até profissionais do setor hoteleiro. É o caso das funcionárias do Hotel Pratagy Beach que participaram da oficina. “Para que os turistas vejam a Literatura de Cordel com outro olhar, temos que buscar informações para levar esse conhecimento adiante”, disse Ana Cláudia Oliveira, líder de recreação do hotel. Já a escritora Catarina Muniz participou da oficina para conhecer melhor o cordel e utilizar essa referência em seus livros.

 

Oficina de xilogravura

 

No dia 29, para finalizar a programação, houve uma oficina de xilogravura, facilitada pelo professor José Acioli, e apresentação do coco de roda K’ Posú Betá. A oficina de xilogravura teve um público formado também por alunos da rede pública e profissionais de diversas áreas. Vivian Arante, professora de Arte da Escola Estadual Professor Pedro Teixeira, disse que está buscando trabalhar com os alunos o resgate, os valores tradicionais da cultura alagoana. A oficina trouxe essa possibilidade. “Os alunos têm déficit em Literatura e Arte. O evento está resgatando e trazendo conhecimento sobre a cultura popular. Eles não estão acostumados. Nunca fizeram oficina e é uma oportunidade de sair do mundo escola/casa. Aqui é uma aprendizagem importante. É muito válido os alunos conhecerem essa técnica”, disse a professora.

 

Na realização do evento, o MTB contou com a parceria da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal), Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e do Programa Ronda no Bairro.

 

 

 





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